Continuação =*

_Eu sou o filho do patrão do seu pai.

 Depois de um longo silêncio que só faltou o “Cri, Cri,Cri...” dos grilos; entra o médico no quarto e assustado disse:

_Ana! Você já esta acordada?! Era pra você acordar só daqui a aproximadamente umas duas horas devido ao efeito dos sedativos.

_E isso é ruim por acaso?

_Não! E só inesperado, mas é ótimo o que prova que você é bem mais forte do que parece.

Eu apontei para o crucifixo que tenho no pescoço e medico olhou, sorriu e apontou para a parede onde tem uma imagem de Jesus e uma passagem bíblica que diz: “Se Deus é por nós quem será contra nós?” RM. 8.31. Ele saiu do quarto; Pietro olhou pra mim, olhou para a parede, leu a passagem, fez o sinal da Cruz e fechou os olhos...

 Minha mãe entrou no quarto ofegante, rosada, puxando meu pai que estava com um copo de chá na mão e começou a falar feito uma louca desvairada:

_Minha filha que bom que você acordou nunca mais faça isso seus pais, você quer matar agente de tanta preocupação?

_Mãe eu to viva, não é isso que importa? Quer uma aguinha com açúcar quer?

 Meu pai veio me abraçar, sentou no braço da cadeira onde Pietro estava sentado, minha mãe correu foi me abraçar e me beijar.

_Aninha você promete que nunca mais vai fazer isso, por favor?

_Prometo.

E Pietro disse com aquela cara de cachorro pidão:

_E eu prometo que nunca mais vou atropelar sua filha._

 Dei um sorrisinho olhei pra ele e disse:

_Você não tem TODA a culpa...

No dia seguinte Pietro não estava no quarto, minha mãe também não, só estava meu pai sentado com o notebook no colo e nem percebeu que eu tinha acordado, diferente do que parece meu pai sempre presta muita atenção na família que tem, apesar de ficar bastante tempo digitando, redigindo, copiando, pensando, etc. ele ta sempre ali pra dar amor e carinho assim como minha mãe, eu sei que eles são atarefados, ocupados e outras coisas a mais e tenho que entender as ausências em alguns momentos. Meu pai olhou pra mim, viu que tinha acordado venho me dar um beijo. E perguntei:

_Pai cadê minha mãe?

_Foi em casa pegar outra roupa pra você. E quando você trocar de roupa já pode ir para casa.

_Que bom, mas pai, CADÊ...

 “Toc, Toc” Pietro entra no quarto de fininho.

_Ha, o senhor já esta aqui?! Pensei que ela ainda estava sozinha, desculpa já estou saindo.

Ele estava com o cabelo lavado, um copo de café na mão, calça jeans, camisa listrada e um tênis converse preto (não reparem, eu sou muito observadora)

_Ei Pietro, eu quero falar com você.

_Oi senhor Stewart.

_Obrigado.

_Pelo que? Eu não fiz nada, ou melhor, a única coisa que eu fiz deixou sua filha aqui nessa cama de hospital.