domingo, 10 de outubro de 2010

E foi assim ate que uma semana se passou e eu fui tirar o gesso da perna e do braço e o curativo eu já tinha tirado três dias depois do acidente; eu já tinha terminado de trocar de roupa, tocam na campainha, meu pai olhou pelo olho mágico, não citou nomes de ninguém minha mãe grita do meu quarto:
_John quem é?
...
_É Pietro.
Meu pai perguntou-lhe se podia me lavar ate o carro e ele respondeu claro que sim; e então Pietro foi conosco, me colocaram em uma cadeira de rodas para que eu não corresse risco de cair e outras coisas que poderiam prejudicar minha perna, 20 minutos depois aquele gesso HORRIVEL já tinha sido retirado e já podia voltar à escola e após a escola ir para a fisioterapia. O primeiro dia de aula após o acidente foi normal como todos os outros só não a saída já que minha sala era no segundo andar tive que esperar a multidão diminuir pra poder descer com aquelas muletas com segurança depois de todo esse trabalho na descida, já estava pensando como seria minha volta já que o carro do meu pai estava no concerto, quando eu estava passando pelo portão estava sabe quem me esperando do lado de fora? Pietro, ele gritou meu nome e veio me ajudar a descer as escadas que tinham na entrada. Quando ele me abraçou as meninas ficaram olhando como se fosse a coisa mais estranha do mundo, mas continuei achando nada de mais afinal ele só queria tirar um peso da consciência dele por ter me atropelado, pelo menos é o que eu acho.
_Aninha como seu pai não vem lhe buscar, você quer ir comigo?
_Adoraria.
_ Fomos conversando pelo caminho ele parou o carro (cenas clichês românticas se seguiram durante alguns momentos), abriu a porta do carro pegou as minhas muletas as colocou encostada da parede abriu a porta de casa e eu disse:
_Pê me da minha muleta assim eu num consigo ir ate ai.
_Pê?
_Sim, porque Pietro da preguiça de falar, mas me passa as muletas.
_Eita é mesmo tinha-me esquecido que agora você pode andar com as muletas, já tava indo te botar no colo.
_Se acostumou foi?
_Não; é que você é bem levinha, nem incomoda te carregar pra cima e pra baixo.
_Ah, obrigada então pelo elogio, mas Pê as muletas?!
_Estou indo pegar já.
_Obrigada.
Ele me deu minhas muletas, pegou minha bolsa e levou minhas coisas ate o meu quarto e começamos a conversar.
_Aninha posso te pedir uma coisa?
_Peça.
_Eu sei que seu pai não pode te levar para os lugares e eu queria saber se podia lhe levar na fisioterapia?
_Pê eu acho que você já fez ate de mais por mim...
_Aninha, por favor!
E ele começou a fazer aquela carinha de cachorrinho PIDÃO molhado na chuva. E como toda mulher tem um coração mole acabei aceitando. E assim se passou um mês de fisioterapia e de caronas pra lá e pra cá e com isso acabamos nos tornando bons e grandes AMIGOS...

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